Petit Parisien - Fundo RedBird desiste de comprar jornal britânico The Telegraph

Paris -
Fundo RedBird desiste de comprar jornal britânico The Telegraph
Fundo RedBird desiste de comprar jornal britânico The Telegraph / foto: Richard A. Brooks - AFP

Fundo RedBird desiste de comprar jornal britânico The Telegraph

O fundo americano RedBird desistiu, nesta sexta-feira (14), da compra do jornal britânico The Telegraph por 500 milhões de libras (cerca de 3,4 bilhões de reais), informou o grupo, mergulhando novamente a prestigiosa publicação conservadora na incerteza.

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"O RedBird retirou hoje sua oferta de compra do Telegraph Media Group", indicou um porta-voz do fundo, sem mais explicações. "Trabalharemos com toda força para encontrar uma solução que seja melhor para os interesses dos funcionários e leitores", acrescentou.

O anúncio, no final de maio, de um "acordo inicial" para comprar o jornal havia encerrado uma história de mais de dois anos, na qual o governo britânico bloqueou uma tentativa de aquisição por parte de um fundo dos Emirados Árabes Unidos e vários compradores potenciais desistiram da opção.

Propriedade desde 2004 da riquíssima família Barclay, o jornal, fundado há 170 anos, foi colocado à venda compulsoriamente no final de 2023 pelo banco Lloyds para pagar suas grandes dívidas.

Uma joint venture entre RedBird e o Fundo de Investimentos em Mídia de Abu Dhabi (IMI), sob o nome de RedBird IMI, havia alcançado um acordo anteriormente com a família Barclay e pagou sua dívida em troca da opção de assumir o controle da empresa.

Mas a perspectiva de ver um fundo dos Emirados Árabes Unidos controlar uma das publicações mais influentes no Reino Unido preocupou o governo conservador britânico, que decidiu legislar para bloquear a aquisição de jornais britânicos por estados estrangeiros. O RedBird IMI, portanto, desistiu da compra.

O fundo americano, que já investiu na Europa em clubes de futebol como o AC Milan ou o Liverpool, ofereceu-se para se tornar acionista majoritário, com o IMI como parceiro, mas com "uma participação passiva de 15%", segundo o Telegraph.

J.Brun--PP