Land Rover sofreu prejuízo de US$ 258 milhões por ataque cibernético
A fabricante de automóveis britânica Jaguar Land Rover (JLR) estimou nesta sexta-feira (14) em 196 milhões de libras (258 milhões de dólares ou 1,3 bilhão de reais na cotação atual) o impacto direto do ataque cibernético que sofreu e parou a produção por um mês.
Além deste ataque cibernético, que veio a público em 2 de setembro, a Land Rover também sofreu este ano com as tarifas de Donald Trump, que a levaram a suspender em abril suas entregas de veículos aos Estados Unidos.
Consequentemente, o volume de negócios do grupo no primeiro semestre do ano fiscal situou-se em 11,5 bilhões de libras (cerca de 15,13 bilhões de dólares ou 80 bilhões de reais na cotação atual), uma queda de 16% em relação ao ano passado.
"Embora estejamos cientes dos desafios econômicos, geopolíticos e políticos que nossa indústria enfrenta, temos capacidade de recuperação e estamos bem posicionados para alcançar avanços sólidos", promete o diretor-geral da JLR, Adrian Mardell, no comunicado.
O ataque cibernético ocorreu após uma recende onda de incidentes semelhantes contra redes de lojas no Reino Unido, como Harrods, Co-op e Marks & Spencer (M&S).
A Land Rover, que vendeu aproximadamente 430 mil veículos em 2024, segundo seu último informe anual, é o maior empregador do setor no Reino Unido, com 34 mil empregados.
Propriedade do grupo indiano Tata Motors, a Land Rover recebeu em setembro o apoio do governo britânico por meio de uma garantia de empréstimo que lhe permite desbloquear até 1,5 bilhão de libras (1,9 bilhão de dólares ou 10,4 bilhões de reais na cotação atual).
Um apoio destinado a ajudar sua cadeia de produção, a maior do setor automotivo britânico.
O Escritório Nacional de Estatísticas (ONS) atribuiu na quinta-feira ao ataque cibernético parte da queda de 0,1% no crescimento britânico em setembro.
H.Guyot--PP