

Trump demite a bibliotecária do Congresso americano
O presidente americano, Donald Trump, demitiu a diretora da biblioteca do Congresso, Carla Hayden, que em 2016 se tornou a primeira mulher negra a ocupar o cargo, de acordo com um e-mail compartilhado por um senador democrata.
Desde que voltou à Casa Branca, em 20 de janeiro, o magnata republicano demitiu funcionários das instituições culturais de Washington, a grande maioria dos quais foram nomeados por seus antecessores democratas Barack Obama (2009-2017) e Joe Biden (2021-2025).
Em fevereiro, Trump anunciou a demissão de vários membros do conselho do Centro Kennedy que não compartilhavam sua "visão de uma era de ouro das artes e da cultura" e se nomeou à frente desta famosa sala de concertos da capital americana.
Depois, em março, assinou um decreto para recuperar o controle do conteúdo dos museus e do zoológico Smithsonian em Washington, ao qual acusa de realizar um "doutrinamento ideológico" racial.
"Carla, em nome do presidente Trump, escrevo para informá-la que sua nomeação como bibliotecária do Congresso termina com efeito imediato", afirma o texto compartilhado pelo senador democrata Martin Heinrichel, datado desta quinta-feira (8) e assinado por um funcionário da Casa Branca.
Heinrichel lamentou a decisão do presidente republicano, ao destacar em um comunicado que Trump "leva seu ataque às bibliotecas dos Estados Unidos para o próximo nível".
"Enquanto o presidente Trump quer proibir os livros e dizer aos americanos o que ler- ou não ler-, a doutora Hayden dedicou sua carreira a tornar a leitura e a busca pelo conhecimento acessíveis a todos", acrescentou Heinrich.
A biblioteca do Congresso americano é a maior do mundo, com quase 26 milhões de livros catalogados.
Carla Hayden foi nomeada à frente desta instituição cultural por Obama, em 2016. Seu mandato de 10 anos, renovável, deveria terminar em 2026.
J.Brun--PP